Ourinhos realizou a 5ª Conferência Municipal das Cidades

                      Foi realizada no dia 08 de maio de 2013, das 08h00 ás 13h00, na Sede Social da AERO, sito na Av. Armando Silva, nº 160, Distrito Industrial I, Ourinhos, SP., a 5ª Conferência das Cidades – Etapa Municipal, este ano com o tema “QUEM MUDA A CIDADE SOMOS NÓS – REFORMA URBANA JÁ”, coordenada pela SMDU – Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano de Ourinhos, que contou com a participação de um público expressivo.

             Na abertura do evento a Prefeita Belkis Fernandes saudou os presentes e falou da importância da Conferência e do envolvimento do poder público, iniciativa privada e a comunidade. Para ela a Conferência é um momento de refletir sobre o que está acontecendo na cidade, hoje em especial sobre o desenvolvimento urbano e de propor ações. O Secretário Municipal de Desenvolvimento Urbano de Ourinhos e Presidente da FAEASP Arqº Valdir Bergamini falou também sobre a importância da Conferência e da eleição dos 12 delegados que representarão Ourinhos na Etapa Estadual da 5ª Conferência da Cidades a ser realizada no período de 01de julho á 28 de setembro próximo, em São Paulo.

                 A Mesa Diretora dos Trabalhos foi composta pela Prefeita Belkis Fernandes, pelo Vice Prefeito Dr. Gilberto Severino, pelo Secretário Municipal de Desenvolvimento Urbano e Presidente da FAEASP Arqº Valdir Bergamini, pelo Presidente da AERO Engº Geraldo Sergio Pereira, pelo Chefe da UGI do CREA-SP de Ourinhos Arqº Mário Bergamini, pelo Vereador Enfermeiro Alexandre Florêncio representando a Câmara Municipal de Ourinhos, pelo Coordenador Municipal de Urbanismo Arqº Gustavo Gomes e pela Srª Jacira Pelegrini de Faria, representando as Associações de Moradores de Bairros da cidade.

                 Os princípios da reforma urbana visam ampliar a gestão democrática para cumprimento da função social da propriedade. Para isso prega o rompimento com o modelo estabelecido que contribui para ampliar as desigualdades nas cidades. Prevê a implantação de conferências e conselhos, em todos os níveis da federação, tendo como princípios a participação e o controle social, aproximando dessa forma, as ações dos governos à realidade da população. No âmbito nacional, o Conselho das Cidades eleito durante a 1ª Conferência Nacional das Cidades em 2003, tornou-se um espaço de debates da política de desenvolvimento urbano.

Breve histórico

                   A 1ª Conferência Nacional das Cidades estabeleceu parâmetros para uma política nacional de desenvolvimento urbano com proposta de integração das políticas setoriais, para a construção do direito à cidade, cumprimento da função social da cidade e da propriedade, do combate à segregação sócioespacial, do acesso à moradia digna, saneamento básico, transporte público e acessibilidade, e da gestão descentralizada e democrática, bem como ao acesso à informação, participação social, formulação, decisão, implementação e avaliação da política. Na 2ª Conferência foi aprovado o princípio da gestão democrática, da participação e do controle social como uma das diretrizes das políticas de planejamento urbano. Na 3ª Conferência os temas foram a criação de uma Política de Regularização Fundiária e de uma Política de Prevenção e Mediação de Conflitos Urbanos. Na 4ª Conferência foi realizado um balanço dos desafios propostos, o que mostrou a necessidade da participação de Conselhos Deliberativos das Cidades e a implementação de Planos Diretores Participativos para que estados e municípios possam ser favorecidos na disputa pela liberação de recursos.

                   A 5ª Conferência Nacional das Cidades. Há muitos anos, as cidades brasileiras vem sendo produzidas sem um ordenamento que pudesse assegurar qualidade de vida para os cidadãos e sustentabilidade para o crescimento futuro com bem estar e felicidade para todos. A reversão desse quadro exige assumir a política urbana como numa política estratégica para o país, superando a cultura de fragmentação da gestão que separa a política de habitação , da política de saneamento ambiental e da política de mobilidade e transporte, gerando desperdício de recursos e a reprodução das desigualdades socioespaciais.

                O SNDU – Sistema Nacional de Desenvolvimento Urbano objrtiva promover a integração das políticas de habitação, saneamento, mobilidade, lazer, trabalho, saúde e educação. Infelizmente no âmbito federal, o SNDU não foi efetivamente criado. Nos estados não estão funcionando ou apresentam baixa capacidade deliberativa. Nos municípios é pequeno o número existente de conselho das cidades. O projeto de lei trará da participação popular e controle social do financiamento dos programas, integração das políticas urbanas, aspectos legais, planejamento e gestão das cidades.

            A 5ª Conferência Nacional das Cidades discutirá estratégias para transformar o SNDU em Lei, através de três ações: a primeira, intitulada Estratégia para a construção do SNDU na Promoção da Reforma Urbana, se subdividindo em quatro partes:
• políticas de incentivo à implantação de instrumentos de promoção da função social da propriedade;
• participação e controle social no SNDU;
• Fundo Nacional de Desenvolvimento urbano (FNDU) e;
• instrumentos e políticas de integração intersetorial e territorial.

                     A segunda parte se constitui em um roteiro voltado para a indicação das prioridades para a atuação do Ministério na política urbana para o período da próxima gestão do CONCIDADES e a terceira é a indicação das prioridades para os municípios, identificando as ações prioritárias que devem ser apoiadas pelos governos estaduais e pelo governo federal.

                   Mais de cem pessoas, representantes do Executivo, Legislativo, da Polícia Militar, das Instituições de Ensino, Sindicatos, Associação de Moradores, da AERO, do CREA-SP, do CAU-SP, do FIESP, da ACIO, do SEBRAE, da RECCO – Rede de Combate ao Câncer de Ourinhos e outros, participaram da Conferência.