DERSA apresenta para AEAGuarujá resultados dos estudos que definiram a Ligação Seca “Santos Guarujá”.
A Associação dos Engenheiros e Arquitetos de Guarujá realizou nesta terça-feira (12.06) um encontro com técnicos da DERSA para apresentação dos estudos para a travessia seca entre os municípios de Santos e Guarujá. O objetivo do encontro foi apresentar ao público formado por engenheiros, arquitetos, empresários e demais entidades de classe do município como foi feito o estudo de demanda na região, todos os fatores que levaram à escolha do túnel imerso e as características da tecnologia a ser empregada na ligação seca entre Santos e Guarujá.
O Presidente da Associação dos Engenheiros e Arquitetos de Guarujá, engenheiro civil Arthur Ferreira, agradeceu não só a presença dos técnicos que coordenam os estudos e projetos para a implantação do Túnel Santos – Guarujá, como também ao Eng. Mario Roberto Bodon Gomes, Conselheiro do CREA-SP, que, na oportunidade, ministrou palestra sobre a “A ART e sua importância nas Obras e Serviços de Engenharia”.
O assessor de Planejamento da Secretaria Estadual de Logística e Transportes, Milton Xavier, e o Gerente de Projetos da DERSA, Antônio Cavagliano, apresentaram os resultados dos estudos de demanda para as diversas alternativas de localização da travessia, inclusive com simulações de tráfego de caminhões e veículos de passeio na região, com seus indicadores de desempenho por alternativa e com a sua estimativa de tráfego captado. A conclusão é de que “o túnel imerso é a melhor opção para esta ligação seca, criando assim uma condição melhor de mobilidade na Baixada Santista”.
O túnel prometido pelo Governo do Estado ligará os bairros de Outeirinhos, em Santos, a Vicente de Carvalho, no Guarujá, e permitirá a passagem de automóveis, caminhões, pedestres e ciclistas. A solução também será compatível com um futuro sistema de VLT (Veículo Leve sobre Trilhos). A concorrência pública para a contratação do projeto executivo deve ser publicada ainda neste mês. A obra custará R$ 1,3 bilhão e deve ficar pronta em 2016.
A denominação “imerso” provém da metodologia executiva do túnel, a extensão do mesmo é dividida em elementos e estes quando prontos são transportados e imersos em água.
Um túnel imerso consiste de vários elementos de túnel pré-fabricados, que são transportados até o local por flutuação, e instalados um a um, abaixo do nível d’água. Este elemento é geralmente instalado em uma trincheira (dragada previamente) no leito do canal, enquanto a construção estrutural é feita no seco. A fabricação dos elementos é feita em docas ou em locais especiais.
Xavier acredita que essa realidade tende a mudar com o tempo e será necessária mais uma opção de travessia seca. “Com a expansão das atividades portuárias e a exploração de petróleo, 110 mil empregos devem ser gerados na região até 2020, principalmente em Guarujá e Cubatão.