Brasil reconhecerá diploma de engenheiros e arquitetos portugueses

O artigo veiculado na Folha de São Paulo em 16/03/2013 mostra, explicitamente, a entrega da engenharia e da arquitetura brasileiras aos profissionais estrangeiros, sob o argumento de que estão faltando engenheiros no Brasil. A decisão será do CONFEA e o MEC vai fazer o que o CONFEA decidir, em razão da regulamentação, uma vez que esses profissionais vão precisar do registro nos CREA’s para trabalhar. Leiam o artigo completo abaixo e avaliem bem.

 “A   mudança,   no   primeiro   momento,   ficará   restrita   a  um grupo de universidades   federais;  cabe   às   instituições   públicas   reconhecer   o   diploma  de graduação  estrangeiro.  É  um  primeiro  passo  que  pode repercutir em outros cursos.
A intenção é assinar convênio entre universidades nacionais e portuguesas na próxima semana, durante visita ao Brasil do ministro de Educação e Ciência de Portugal, Nuno Crato.  O  Ministério  da  Educação  brasileiro  apóia a iniciativa. Na prática, a alteração será sentida “em três, quatro meses”,  estima o reitor da UFScar (Universidade Federal de São Carlos),  Targino Araújo, presidente da comissão de Relações Internacionais da Andifes    (associação  de  reitores).  “É  para  facilitar  esse  processo.  A   questão   da internacionalização [dos profissionais] é um fato.”

                   Nos  anos  1990,  restrições  a  dentistas  brasileiros  em  Portugal   criaram rusgas  diplomáticas.  O  imbróglio  levou dez anos para ser resolvido. A demanda para acelerar o reconhecimento de diplomas portugueses é antiga,  mas ganhou força diante da crise econômica na Europa. A  revalidação  não garantirá ao profissional o direito de atuar no país: isso  depende  de registro profissional dado pelos  Conselhos  Regionais. O Confea  (Conselho Federal de Engenharia e Agronomia) diz que não fará objeção ao pedido de registro de portugueses. Em  média,  a  entrega do registro acontece em três meses, independentemente da nacionalidade do profissional.
                   A entidade reconhece que o ritmo de formação de engenheiros está abaixo da demanda dos próximos anos, com investimentos  em  Copa e Olimpíadas. Pondera, porém, que a procura por cursos de exatas tem sido cada vez maior.

SISTEMA ONLINE
                   Quando    um    estrangeiro    quer    revalidar    seu    diploma    no    Brasil, independentemente  do  curso,  o  processo  cabe às universidades públicas. A Andifes quer criar um sistema  on line  para  que essas instituições tenham acesso a processos em análise em todo o país e, assim, reduzam o tempo gasto.

                   Exemplo: uma universidade no AM poderá ver que outra do RS já revalidou diploma  de  jornalismo  de uma faculdade estrangeira. Esse histórico poderá acelerar o trâmite do pedido de outro aluno da mesma instituição. “Se o currículo  do  aluno  já  foi analisado antes, será rapidíssimo”, diz Araújo.

Veja a lista de universidades que integrarão o acordo entre Brasil e Portugal

Brasil: UFScar (Universidade Federal de São Carlos);  UFRN (Universidade Federal do Rio Grande do Norte);   UFAL (Universidade Federal de Alagoas);  UFPA (Universidade Federal do Pará);  UFG (Universidade Federal de Goiás);  UFPR (Universidade Federal do Paraná)
Portugal:
   Universidade de Coimbra;  Universidade de Lisboa;  Universidade do Porto;

Universidade  Técnica  de  Lisboa;   Universidade  Nova  de  Lisboa;   Universidade  de Aveiro;  Universidade  do  Minho;   Universidade  de  Évora;   Universidade  de  Açores;
Universidade do Algarve;  Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro;  Universidade da  Beira  Interior;    Universidade  da  Madeira;   Universidade  Aberta  e   Universidade Católica Portuguesa.

Fonte: Folha

Como visto, esta é a hora de realmente se fazer alguma coisa. O ex Presidente do CREA-SP sempre defendeu nossos empregos,  contra a vinda de profissionais estrangeiros, mas agora, na Presidência do CONFEA, onde chegou por meio do nosso voto, deixou de defender nossos interesses. No entanto, cabe a ele, Presidente do CONFEA, o dever de barrar, “fechar a porteira”, pois estamos no nosso momento de crescimento.

Quando nosso país esteve em crise, nossos colegas dentistas foram impedidos de trabalhar, em Portugal. Por que temos que liberar a entrada deles agora? A não ser que estejam visando a Presidencia da FEMOI – Federação Mundial das Organizações de Engenharia e utilizando isto como uma moeda de troca.  Neste caso, isso seria um abuso de poder e mais uma traição com a nossa classe.

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Vamos cobrar um posicionamento do CONFEA, pois São Paulo já teve uma decepção recente, por ocasião da apresentação da proposta de renovação do terço,  quando os  dois conselheiros do Estado de São Paulo votaram contra a proposta do CREA-SP. Por que será, uma vez que os outros 26 estados não  tiveram nenhuma emenda ou mudança. As propostas foram aprovadas na íntegra e por unanimidade pelo plenário do CONFEA.

Esperamos que não aconteça mais uma vez, o que aconteceu por ocasião da criação do CAU, ou seja, OMISSÃO TOTAL DO SISTEMA CONFEA/CREA`s e da FEBRAE.

Legenda Universidade de Coimbra